domingo, 15 de agosto de 2010

Parênteses

(Entre Parênteses:
Aquilo que me importa
arrebenta a porta,
à frase, me corta.
Tão rapido troca,
o caos invoca,
a cara, me soca.
Me cala a boca,
Me torna a voz rouca,
a palavra é pouca!
Me explica a história
e me tira a vitória.
Discorre que a glória que morre, já era morta.
não volta.
-"chute em frente sua bola".
... E a verdade rota,
Em eixos me bota.
Era Aquilo que importa!,
Entre parênteses.)

sábado, 31 de julho de 2010

Poema Vago

Tão rapido quanto o azul.
E tão vago
quanto as águas de um lago.
Calmo

Os seus olhos...

Nada digo com nada quero dizer.

domingo, 18 de julho de 2010

Existe Vida?

Existe vida além daqui?
Além do que conheço?
Existe amor além do meu?
Além do que eu sinto de apreço?

Existe outro além do Eu?

A pergunta não é se existe vida em outros planetas!
Danem-se os planetas! Existe vida?!
Existe?!

Oque é vida?
Oque é oque?

Eu ligo?
Eu não ligo!

Mas existe vida além de eu?
Acredito, agora, que exista!
Porque eu amo tudo o que não sou!
Antes dizia o contrario, mas eu não ligo para quem eu era antes!
Porque eu amo tudo o que não sou!

Você que lê!
Alguém lê? Ninguém lê?
Não sei, não ligo!
Eu amo você, mesmo se for um não ser!
EU AMO VOCÊ!

O que eu imagino, eu imagino porque eu sou!
O que eu inimagino? Eu amo! Eu amo!
E nunca vou conseguir me dedicar decentemente para você!
Porque não posso escrever! Não posso cantar! Porque não sou!

Isto é uma amor platônico?
Será que Goethe me entenderia?
Eu amo eles, porque eu não sei!

Eu não sei porque eu amo, eu amo porque eu não sei
Estamos muito bem assim, eu e o outro!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Rosa Rosa

Porque a rosa nasceu branca,
santa, cândida e pura! (sarcasmo)
Cuidado com os espinhos,
enquanto você a segura.

Cuidado!

Para não se cortar
e manchar
a branca rosa.

Nem vá se espantar
quando para sua rosa surgirem outros versos e prosa.
A sua rosa branca é agora
Rosa Rosa.

É, foi em inglês mesmo.

Some fights just won't be fought.
In the lights that reveals my thoughts,
I had fight all through the night.
And there was lies where I lied.

Muse that breaks my sleep onto cry,
Where my hope is hidden?

Far away from my sight,
Myself is convicted.

Convicted
That I've lost,
and it has cost my
(voice)

Now i write in mute,
only to avoid the cruelty
of hearing my own shrinking voice.

Como se soletra "hipocondríaco"? Ro-Man-Ti-Co?

Quais palavras descrevem isto?
A palavra "dor" serve? É muito geral?
Uso ela? Me parece uma mentira...
Todos têm dor, nenhum tem uma dor de todos!

Em qual língua escrevo isto?
A materna serve? Uso o latim?
Uso "ela"? Me parece pouco descritiva...
Todas as línguas têm palavras, nenhuma tem a minha palavra!

A minha "dor" é ardida, e rasgante,
e asfixiante e mortal e incessante e incurável e intratável e intragável e muito mais! "etc..."

O meu peito angustía, do verbo angustiar.
Meu estômago gutura, do verbo guturar.
Minhas mãos depressam, do verbo depressar.
Minha boca despalavreia-se, do verbo emudecer.

Meu cérebro insaneia-se! penso em:
Abrir meu peito com uma faca,
Cortar fora minhas mãos pelos pulsos,
Suturar minha boca e arrancar fora o maldito estômago.

Com o peito aberto, recebo direto a dor, sem psico.
Sem minhas mãos, não escrevo nem toco lamentos. Não lamento mais, pois.
Com a boca fechada não entra moscas. Não engano cantos, Nem entoo a beleza que não há.
E meu estômago não há mais de se remexer pela amargura do que me espreita na esquina.

Talvez uma boa cirurgia seja minha cura,
amanhã cedo busco um médico para me tratar.

(sem título)

Na órbita dos seus olhos
eu juro pelo meu óbito,
lhe acompanhar.

Perdido no seu mar de castanho,
o futuro é tão óbvio!,
deixo me carregar.

Se há outros navios, atole-os,
Na sua tempestade. Aqui nado só.
Mesmo sem saber muito bem nadar...

Em outros olhos somos estranhos!
E eu curo meu ódio, só
para nos guardar.

Quando chora, tormenta meu sono
me afoga,
e eu acordo em alta madrugada, em alto mar, com uma dor no peito.

Nestas noites, seu telefone toca.
E você olha,
E limpa os olhos,
e desliga.

Eu sei, eu sei.

Me acostumei à nadar sobre estas águas profundas,
e escuras, aonde eu devo Aceitar.
Porque levantar questões me afundaria.

Um simples abraço em silêncio já basta.
Algo mais, desgasta
o descanso do seu pranto no recanto que nosso corpo nos proporciona.