terça-feira, 29 de junho de 2010

Rosa Rosa

Porque a rosa nasceu branca,
santa, cândida e pura! (sarcasmo)
Cuidado com os espinhos,
enquanto você a segura.

Cuidado!

Para não se cortar
e manchar
a branca rosa.

Nem vá se espantar
quando para sua rosa surgirem outros versos e prosa.
A sua rosa branca é agora
Rosa Rosa.

É, foi em inglês mesmo.

Some fights just won't be fought.
In the lights that reveals my thoughts,
I had fight all through the night.
And there was lies where I lied.

Muse that breaks my sleep onto cry,
Where my hope is hidden?

Far away from my sight,
Myself is convicted.

Convicted
That I've lost,
and it has cost my
(voice)

Now i write in mute,
only to avoid the cruelty
of hearing my own shrinking voice.

Como se soletra "hipocondríaco"? Ro-Man-Ti-Co?

Quais palavras descrevem isto?
A palavra "dor" serve? É muito geral?
Uso ela? Me parece uma mentira...
Todos têm dor, nenhum tem uma dor de todos!

Em qual língua escrevo isto?
A materna serve? Uso o latim?
Uso "ela"? Me parece pouco descritiva...
Todas as línguas têm palavras, nenhuma tem a minha palavra!

A minha "dor" é ardida, e rasgante,
e asfixiante e mortal e incessante e incurável e intratável e intragável e muito mais! "etc..."

O meu peito angustía, do verbo angustiar.
Meu estômago gutura, do verbo guturar.
Minhas mãos depressam, do verbo depressar.
Minha boca despalavreia-se, do verbo emudecer.

Meu cérebro insaneia-se! penso em:
Abrir meu peito com uma faca,
Cortar fora minhas mãos pelos pulsos,
Suturar minha boca e arrancar fora o maldito estômago.

Com o peito aberto, recebo direto a dor, sem psico.
Sem minhas mãos, não escrevo nem toco lamentos. Não lamento mais, pois.
Com a boca fechada não entra moscas. Não engano cantos, Nem entoo a beleza que não há.
E meu estômago não há mais de se remexer pela amargura do que me espreita na esquina.

Talvez uma boa cirurgia seja minha cura,
amanhã cedo busco um médico para me tratar.

(sem título)

Na órbita dos seus olhos
eu juro pelo meu óbito,
lhe acompanhar.

Perdido no seu mar de castanho,
o futuro é tão óbvio!,
deixo me carregar.

Se há outros navios, atole-os,
Na sua tempestade. Aqui nado só.
Mesmo sem saber muito bem nadar...

Em outros olhos somos estranhos!
E eu curo meu ódio, só
para nos guardar.

Quando chora, tormenta meu sono
me afoga,
e eu acordo em alta madrugada, em alto mar, com uma dor no peito.

Nestas noites, seu telefone toca.
E você olha,
E limpa os olhos,
e desliga.

Eu sei, eu sei.

Me acostumei à nadar sobre estas águas profundas,
e escuras, aonde eu devo Aceitar.
Porque levantar questões me afundaria.

Um simples abraço em silêncio já basta.
Algo mais, desgasta
o descanso do seu pranto no recanto que nosso corpo nos proporciona.

Sadismo

Alguém consegue ver a mesma beleza que eu na guerra?

O rubro cobre o chão na tarde de outubro.
Se mistura com as lágrimas das famílias,
e torna tudo um rosáceo final de tarde espetacular!

No amanhecer do dia seguinte,
que só existe para os que não pintaram este quadro,
vultos negros em asas sobrevoam a magnifica paisagem.
E é mais belo ainda pois a morte tornou esta cena uma cena rara!

E até o tempo é modificado!
De todos aqueles corpos, agora, todos têm
a mesma idade: mortos ontem; frescos.
Não comemoraram seus anos, choraram os próprios minutos!

(Como em um quadro,
a batalha acaba, mas,
por muito tempo,
permanecerá aos olhos dos vivos)

E acaba-se o ser, permanece o ser ideal.
Acaba-se a pintura, permanece o quadro.
Acaba-se a carta, permanece a mensagem.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Uma cadeira em uma sala de visitas

Mas que desconfortavel esta cadeira!
Não sei como me aguento aqui...
E, o mais que provável!,
discutimos qualquer besteira.

não sei como aguento "aqui".

E... e.. é deplorável!
uhn...ehrm... quanta asneira!
como aguento "aqui"?
Meu humor instavel,












uma mentira verdadeira


>>>>>> aqui <<<<<<<







Seus olhos assassinos buscam me fatigar.
Quando os olho, meu intestino dobra.

Minha dignidade me recobra,
eu atinjo a porta.
Não me aguento "aqui"!

O lugar que eu estava,
meu corpo que declinava o copo
que você me ofertava
(Troppo Veneno em um café pequeno)

Eu só aceno adeus, Não fico mais ali.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Medo de Infância.

Encaro um artefato de meu passado,
entendo que há uma distância que nos mantém separado,
e que pode ser transposta; lembrar:
Tornar-perto, aproximar.

Porque já entendo que não há o físico
e o sensitivo....
Só há o sensitivo, físico é uma ilusão!

Vejo o barco, com olhos de observar,
e não é menos real do que o dos olhos do ser.
E ambos são os mesmos!

Assim é como eu alcanço este barco desta pratilheira tão alta, transpondo a barreira do espaço, me torno criança de novo com um barco com piratas e bolas perereca nos compartimentos de munição para os canhões, transpondo a barreira do tempo. E agora eu realmente vejo o canhão ideal. Brinco com os piratas ideais, tenho tato do material ideal de que é tudo feito. Ouço a voz rouca do capitão, convocando todos ao convés. Sinto o sabor da água salgada. E cheiro peixe morto.

Merda!
Estou na prancha!!

Mas já aceito este lugar, e penso que tomar o primeiro passo para o eterno e infinito é uma boa ideia.

Já até entendo que o eterno é a ausência de tempo!
até entendo que o infinito é a ausência de espaço!
Gostaria que não fosse. Mas, assim como é agora,
vai continuar sendo em qualquer maldita hora:
Nem há escapatória.

No meu ideal de infância, sou morto.
Eu me lembro disso, de sonhar o meu enterro.
Ó, estúpido, a quantos anos chora seu enterro?
Seu medo de morrer, seu masoquista.

E a dama de belos olhos que roubou meu sono?
Ela fez isto com um pesadelo.

Desde que me lembro, não sou mais meu dono.
Nem sou dono dela, nem nunca vou ser,
ela não manda nada, e eu quase nada obedeço.
Tudo o que ela pede eu faço, a tenho enorme apreço.

Ela dentro de min, é uma. Ela fora de min, é outra.
Renasço, tempo e espaço.

Ela é a mesma pessoa,
e mato o espaço.
Ela nunca mudou,
e mato o tempo.

Ela nunca é a mesma pessoa,
e mato ela.
Ela sempre muda,
e morro.

Eu nunca chego ao final de uma história longa!
Observa como ela só se alonga,
prolonga,
eterna em delongas?

Concluindo:

Eu nunca tive medo da Cuca...
Tive medo da morte.
Eu sempre vivi os meus sonhos,
realmente me machuco neles.

Não importa...

Não, nada importante.
Nada que precisasse ser dito
para ser ouvido.

Nada importante,
nada que precisasse ser,
em nenhum instante,
para existir.

Nada real,
nada concreto.
Nem todo ideal,
nunca poderá ser escrito, por decreto.

Nada novo,
nem diferente.
Nada interessante
(disso não sei, mais me torturo em pensar que é).

É só que amo,
e esse que amo,
se afasta . . .
No entanto,
devo ser insano,
porque este amor não basta.

Então, quanto mais ela anda,
mais sinto de perto um faca.

Quanto mais ela se afasta,
mais ela me rasga.

Quanto mais se aproxima,
mais, a faca, me enfia.

Só... Só fique aonde está, querida. Ok?

Eu farejo medo

Eu farejo medo
Pela madrugada, caço na rua
Transformo, pelo aço,
Corpo pulsante em carne crua.
Levo o flagelo à quem ver,
(não curto escolher)
e faço, com alma de gelo,
só por fazê-lo.
Eu guardo de cada o olhar,
no instante antes, durante e depois
de eu o matar.
E com isto me mantenho vivo:
com sangue e vísceras.
Eu farejo O medo,
e todos têm medo.
Escolha a dedo o medo
que tem.O faça bem cedo.
Pois Eu mato por medo
medo dos que têm medo
e de tudo que me podem fazer.

Como?

Como fazer uma vida ter sentido?
Como fazer um sorriso ser ouvido?

Se o seu pranto cala, o meu olhar consente em todo o silêncio.
Eu estou aqui, mas estamos tão longe...
hoje haverá pranto na calada da noite.

Este momento não vai sobrepujar
tudo o que eu já tive.
+ um abraço nunca ira negar
a dor que eu sinto.

Como fazer uma vida ter sentido?
Como provar a existência do espírito?
Se respirar é tão raro, não há como ser salvo
de querer viver.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cocaína

Foi_ao_pó,
e_retornou_pó.

Pó,
espalhou-se _ _ por _ _ _ ventos _ _ _.

Sinto_falta_dos_momentos...
Antes_só_do_que_só_pó!

E_agora?!
Olhe_o_lugar_que_lhe_levaram!

Volte_logo,
mesmo_morto.

Kriptonita

Pensamentos transitam minha mente, nem um se perpetua.

Calmamente,
minha mente sem calma,
exala a angústia da calmaria
enquanto observo um céu que gesticula tormenta.

Ao olhar os olhos de seu espectro,
irei chover
e irei minguar minha alma...

"Mantenha a calma!"

Hoje!, testo os limites de minha compreensão sobre humana!
"O mote é desordem
ou seria uma desordem de motes?..."

Minha kriptonita
se aproxima,
sobre o efeito da kriptonita dela,
talvez, e pressinto que irei abraça-la.