domingo, 15 de agosto de 2010

Parênteses

(Entre Parênteses:
Aquilo que me importa
arrebenta a porta,
à frase, me corta.
Tão rapido troca,
o caos invoca,
a cara, me soca.
Me cala a boca,
Me torna a voz rouca,
a palavra é pouca!
Me explica a história
e me tira a vitória.
Discorre que a glória que morre, já era morta.
não volta.
-"chute em frente sua bola".
... E a verdade rota,
Em eixos me bota.
Era Aquilo que importa!,
Entre parênteses.)

sábado, 31 de julho de 2010

Poema Vago

Tão rapido quanto o azul.
E tão vago
quanto as águas de um lago.
Calmo

Os seus olhos...

Nada digo com nada quero dizer.

domingo, 18 de julho de 2010

Existe Vida?

Existe vida além daqui?
Além do que conheço?
Existe amor além do meu?
Além do que eu sinto de apreço?

Existe outro além do Eu?

A pergunta não é se existe vida em outros planetas!
Danem-se os planetas! Existe vida?!
Existe?!

Oque é vida?
Oque é oque?

Eu ligo?
Eu não ligo!

Mas existe vida além de eu?
Acredito, agora, que exista!
Porque eu amo tudo o que não sou!
Antes dizia o contrario, mas eu não ligo para quem eu era antes!
Porque eu amo tudo o que não sou!

Você que lê!
Alguém lê? Ninguém lê?
Não sei, não ligo!
Eu amo você, mesmo se for um não ser!
EU AMO VOCÊ!

O que eu imagino, eu imagino porque eu sou!
O que eu inimagino? Eu amo! Eu amo!
E nunca vou conseguir me dedicar decentemente para você!
Porque não posso escrever! Não posso cantar! Porque não sou!

Isto é uma amor platônico?
Será que Goethe me entenderia?
Eu amo eles, porque eu não sei!

Eu não sei porque eu amo, eu amo porque eu não sei
Estamos muito bem assim, eu e o outro!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Rosa Rosa

Porque a rosa nasceu branca,
santa, cândida e pura! (sarcasmo)
Cuidado com os espinhos,
enquanto você a segura.

Cuidado!

Para não se cortar
e manchar
a branca rosa.

Nem vá se espantar
quando para sua rosa surgirem outros versos e prosa.
A sua rosa branca é agora
Rosa Rosa.

É, foi em inglês mesmo.

Some fights just won't be fought.
In the lights that reveals my thoughts,
I had fight all through the night.
And there was lies where I lied.

Muse that breaks my sleep onto cry,
Where my hope is hidden?

Far away from my sight,
Myself is convicted.

Convicted
That I've lost,
and it has cost my
(voice)

Now i write in mute,
only to avoid the cruelty
of hearing my own shrinking voice.

Como se soletra "hipocondríaco"? Ro-Man-Ti-Co?

Quais palavras descrevem isto?
A palavra "dor" serve? É muito geral?
Uso ela? Me parece uma mentira...
Todos têm dor, nenhum tem uma dor de todos!

Em qual língua escrevo isto?
A materna serve? Uso o latim?
Uso "ela"? Me parece pouco descritiva...
Todas as línguas têm palavras, nenhuma tem a minha palavra!

A minha "dor" é ardida, e rasgante,
e asfixiante e mortal e incessante e incurável e intratável e intragável e muito mais! "etc..."

O meu peito angustía, do verbo angustiar.
Meu estômago gutura, do verbo guturar.
Minhas mãos depressam, do verbo depressar.
Minha boca despalavreia-se, do verbo emudecer.

Meu cérebro insaneia-se! penso em:
Abrir meu peito com uma faca,
Cortar fora minhas mãos pelos pulsos,
Suturar minha boca e arrancar fora o maldito estômago.

Com o peito aberto, recebo direto a dor, sem psico.
Sem minhas mãos, não escrevo nem toco lamentos. Não lamento mais, pois.
Com a boca fechada não entra moscas. Não engano cantos, Nem entoo a beleza que não há.
E meu estômago não há mais de se remexer pela amargura do que me espreita na esquina.

Talvez uma boa cirurgia seja minha cura,
amanhã cedo busco um médico para me tratar.

(sem título)

Na órbita dos seus olhos
eu juro pelo meu óbito,
lhe acompanhar.

Perdido no seu mar de castanho,
o futuro é tão óbvio!,
deixo me carregar.

Se há outros navios, atole-os,
Na sua tempestade. Aqui nado só.
Mesmo sem saber muito bem nadar...

Em outros olhos somos estranhos!
E eu curo meu ódio, só
para nos guardar.

Quando chora, tormenta meu sono
me afoga,
e eu acordo em alta madrugada, em alto mar, com uma dor no peito.

Nestas noites, seu telefone toca.
E você olha,
E limpa os olhos,
e desliga.

Eu sei, eu sei.

Me acostumei à nadar sobre estas águas profundas,
e escuras, aonde eu devo Aceitar.
Porque levantar questões me afundaria.

Um simples abraço em silêncio já basta.
Algo mais, desgasta
o descanso do seu pranto no recanto que nosso corpo nos proporciona.

Sadismo

Alguém consegue ver a mesma beleza que eu na guerra?

O rubro cobre o chão na tarde de outubro.
Se mistura com as lágrimas das famílias,
e torna tudo um rosáceo final de tarde espetacular!

No amanhecer do dia seguinte,
que só existe para os que não pintaram este quadro,
vultos negros em asas sobrevoam a magnifica paisagem.
E é mais belo ainda pois a morte tornou esta cena uma cena rara!

E até o tempo é modificado!
De todos aqueles corpos, agora, todos têm
a mesma idade: mortos ontem; frescos.
Não comemoraram seus anos, choraram os próprios minutos!

(Como em um quadro,
a batalha acaba, mas,
por muito tempo,
permanecerá aos olhos dos vivos)

E acaba-se o ser, permanece o ser ideal.
Acaba-se a pintura, permanece o quadro.
Acaba-se a carta, permanece a mensagem.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Uma cadeira em uma sala de visitas

Mas que desconfortavel esta cadeira!
Não sei como me aguento aqui...
E, o mais que provável!,
discutimos qualquer besteira.

não sei como aguento "aqui".

E... e.. é deplorável!
uhn...ehrm... quanta asneira!
como aguento "aqui"?
Meu humor instavel,












uma mentira verdadeira


>>>>>> aqui <<<<<<<







Seus olhos assassinos buscam me fatigar.
Quando os olho, meu intestino dobra.

Minha dignidade me recobra,
eu atinjo a porta.
Não me aguento "aqui"!

O lugar que eu estava,
meu corpo que declinava o copo
que você me ofertava
(Troppo Veneno em um café pequeno)

Eu só aceno adeus, Não fico mais ali.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Medo de Infância.

Encaro um artefato de meu passado,
entendo que há uma distância que nos mantém separado,
e que pode ser transposta; lembrar:
Tornar-perto, aproximar.

Porque já entendo que não há o físico
e o sensitivo....
Só há o sensitivo, físico é uma ilusão!

Vejo o barco, com olhos de observar,
e não é menos real do que o dos olhos do ser.
E ambos são os mesmos!

Assim é como eu alcanço este barco desta pratilheira tão alta, transpondo a barreira do espaço, me torno criança de novo com um barco com piratas e bolas perereca nos compartimentos de munição para os canhões, transpondo a barreira do tempo. E agora eu realmente vejo o canhão ideal. Brinco com os piratas ideais, tenho tato do material ideal de que é tudo feito. Ouço a voz rouca do capitão, convocando todos ao convés. Sinto o sabor da água salgada. E cheiro peixe morto.

Merda!
Estou na prancha!!

Mas já aceito este lugar, e penso que tomar o primeiro passo para o eterno e infinito é uma boa ideia.

Já até entendo que o eterno é a ausência de tempo!
até entendo que o infinito é a ausência de espaço!
Gostaria que não fosse. Mas, assim como é agora,
vai continuar sendo em qualquer maldita hora:
Nem há escapatória.

No meu ideal de infância, sou morto.
Eu me lembro disso, de sonhar o meu enterro.
Ó, estúpido, a quantos anos chora seu enterro?
Seu medo de morrer, seu masoquista.

E a dama de belos olhos que roubou meu sono?
Ela fez isto com um pesadelo.

Desde que me lembro, não sou mais meu dono.
Nem sou dono dela, nem nunca vou ser,
ela não manda nada, e eu quase nada obedeço.
Tudo o que ela pede eu faço, a tenho enorme apreço.

Ela dentro de min, é uma. Ela fora de min, é outra.
Renasço, tempo e espaço.

Ela é a mesma pessoa,
e mato o espaço.
Ela nunca mudou,
e mato o tempo.

Ela nunca é a mesma pessoa,
e mato ela.
Ela sempre muda,
e morro.

Eu nunca chego ao final de uma história longa!
Observa como ela só se alonga,
prolonga,
eterna em delongas?

Concluindo:

Eu nunca tive medo da Cuca...
Tive medo da morte.
Eu sempre vivi os meus sonhos,
realmente me machuco neles.

Não importa...

Não, nada importante.
Nada que precisasse ser dito
para ser ouvido.

Nada importante,
nada que precisasse ser,
em nenhum instante,
para existir.

Nada real,
nada concreto.
Nem todo ideal,
nunca poderá ser escrito, por decreto.

Nada novo,
nem diferente.
Nada interessante
(disso não sei, mais me torturo em pensar que é).

É só que amo,
e esse que amo,
se afasta . . .
No entanto,
devo ser insano,
porque este amor não basta.

Então, quanto mais ela anda,
mais sinto de perto um faca.

Quanto mais ela se afasta,
mais ela me rasga.

Quanto mais se aproxima,
mais, a faca, me enfia.

Só... Só fique aonde está, querida. Ok?

Eu farejo medo

Eu farejo medo
Pela madrugada, caço na rua
Transformo, pelo aço,
Corpo pulsante em carne crua.
Levo o flagelo à quem ver,
(não curto escolher)
e faço, com alma de gelo,
só por fazê-lo.
Eu guardo de cada o olhar,
no instante antes, durante e depois
de eu o matar.
E com isto me mantenho vivo:
com sangue e vísceras.
Eu farejo O medo,
e todos têm medo.
Escolha a dedo o medo
que tem.O faça bem cedo.
Pois Eu mato por medo
medo dos que têm medo
e de tudo que me podem fazer.

Como?

Como fazer uma vida ter sentido?
Como fazer um sorriso ser ouvido?

Se o seu pranto cala, o meu olhar consente em todo o silêncio.
Eu estou aqui, mas estamos tão longe...
hoje haverá pranto na calada da noite.

Este momento não vai sobrepujar
tudo o que eu já tive.
+ um abraço nunca ira negar
a dor que eu sinto.

Como fazer uma vida ter sentido?
Como provar a existência do espírito?
Se respirar é tão raro, não há como ser salvo
de querer viver.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cocaína

Foi_ao_pó,
e_retornou_pó.

Pó,
espalhou-se _ _ por _ _ _ ventos _ _ _.

Sinto_falta_dos_momentos...
Antes_só_do_que_só_pó!

E_agora?!
Olhe_o_lugar_que_lhe_levaram!

Volte_logo,
mesmo_morto.

Kriptonita

Pensamentos transitam minha mente, nem um se perpetua.

Calmamente,
minha mente sem calma,
exala a angústia da calmaria
enquanto observo um céu que gesticula tormenta.

Ao olhar os olhos de seu espectro,
irei chover
e irei minguar minha alma...

"Mantenha a calma!"

Hoje!, testo os limites de minha compreensão sobre humana!
"O mote é desordem
ou seria uma desordem de motes?..."

Minha kriptonita
se aproxima,
sobre o efeito da kriptonita dela,
talvez, e pressinto que irei abraça-la.

domingo, 30 de maio de 2010

Rancor

Me espremo, hoje, para caber em meus sonhos.
Porque sou, agora, muito maior do que posso ser amanhã.
Obrigado, por diminuir o meu futuro no meu presente.

Obrigado, por mais desgosto na minha vida.
Obrigado, por seus argumentos de autoridade.
Obrigado, por tomar parte aonde não foi chamada.
Obrigado, por responder em meu nome!

Para que me deu um nome, então?
Se ele só é necessário amanhã,
que EU me nomeie amanhã!

Diminuo os meus ideais, para se conformarem com o real.
Dormirei menos, para acordar cedo e enfrentar a labuta.
_________ não ter pesadelos, me restringir ao que esta posto.
_________ não acordar outro dia,
e perceber que mais valia dormir.

Guardo a minha raiva em palavras,
e tudo isto se torna rancor.

Agonizo

Sem destino. Acuado.

Tenho um bom senso de direção,
Mas para que me sirvo disto?
Sem ter para aonde ir...

Estou sempre perdido!

Meu bioma torna me os passos cambaleantes,
no derradeiro momento,
eu caio por terra.

Antes de cruzar a linha de chegada da maratona de lugar nenhum.
A maratona, a vida, a chegada, a morte, o prêmio... o prêmio, não sei.

Por isso, perdido.
Agonizo, perco o tempo.

Nunca ganho tempo!
Ele sempre me tira tudo que tenho,
e me deixa só a impressão de ter tido algo.
Agonizo mais.

Caio mais no buraco, meus sonhos pelo bueiro.
Era tudo água, tudo "devir".
E eu, abraçando meus fantasmas para me levantar... somente agonizava.
Me contorcia, me espatifava, me debatia.

Mas nunca sei se saí do maldito lugar, porque não tenho referênciais.
Sem deus, sem letra maiuscula nessa palavra.
Não posso dar letra maiuscula!, letra maiuscula é para nomes,
Nomear é para os que se encontrarão. Quem sabe aonde esta?

Agonizo, só agonizo, só.

Formspring

Entao vc concorda que vc é ridiculo, e que nao merece nem uma unha dela, porque ela é incrivel, e merece MUITO mais do que vc pode oferecer?


Concordo.

Não sei se ela concorda, mas eu concordo.

Só ofereço para ela o meu esforço.

Não tenho a capacidade artistica de escrever algo realmente bonito que eternizasse meus sentimentos, nem desenhar, musicar, nada

Não tenho nenhuma perspectiva de futuro muito promissor. Acredito que um futuro promissor, para min, incluiria ela.

Não tenho a capacidade de estar sempre por perto quando ela precisa.

Não tenho a capacidade de sempre saber o que ela pensa, e de vez em quando até tento adivinhar (sem muito sucesso).

Não tenho dinheiro, não que ela pareça que se importe muito com isso.

Tenho coisas insignificantes, e indescritiveis, e incontaveis, incomparaveis, e, acima de tudo, indescritiveis. Tenho o meu filos.

Melhor, tinha. O que tenho já é dela há um certo tempo.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Minha mão

Há alguns dias minha mão descasca.
Dias não, fazem meses!

O assunto já é levemente sério: a mão para um estudante de música (cordas e teclas) é primordial.

Bem, diziam-me que a causa seria estresse, o que acarretaria em excesso de suor nas mãos, e traria este efeito.. bizarro.
. Mas eu bem sei que todos só querem me convencer que a minha vida é muito incerta e apaixonada.
Não sei exatamente quando isto se tornou um problema!, mas faz um ano, talvez mais, que a expressão "morrer de amor" me soa em sentido literal.
Claro, com amor não digo somente por pessoas.
Eu me refiro a amar a vida... não só as pessoas... o chão! o céu! a filha da puta que meteu o caralho da merda do carro na frente da porra da minha garagem, etc. E amar não é gostar, ter apreço, muito menos sentir atração (isso seria um pansexual sado-masoquista), não.

Amar é intensidade!
Amar é ódio. Amar é raiva.
Amar é tudo intenso e espontâneo.

Pois bem, querem me convencer que eu estou errado em pensar como penso (mesmo tendo os argumentos certos para a minha defesa!) e que há um tal jeito certo de viver. De viver, eu disse!

Só quero saber quem foi a grande autoridade que conhece mais sobre a vida do que os outros, e com isso me refiro a vida DOS outros!, para me alertar do certo e do errado.

Então, ignoro todos eles, tenho as minhas próprias justificativas para o descameamenteo da minha mão.

Tudo ocorre da seguinte forma:
O meu corpo esta expelindo a pele para expor o verme que realmente sou por debaixo dela. Estou sendo, em grande conformidade com o real, afirmo, metamorfoseado em uma barata. não qualquer uma, a minha.

Por isso, meus caros, deixo este... bem... não sei exatamente o que é isto que eu escrevi... tudo anda meio confuso.. desculpem-me.

O importante é que eu gostaria de alerta-los da possibilidade de me verem como o ser repugnante que eu sempre fui em algum dia próximo.

Se o pior acontecer, peço encarecidamente para que me acolham com todo o carinho e hipocrisia de antes e tentem não reparar que eu sou, finalmente, tão feio e sujo quanto a minha moral.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Prazer em dor

Tenho torcicolo de observar nuvens.
Sinto meus cotovelos em letargio
Minha cabeça explode de ontem a noite.

Os meus ombros são inimigos de min.
O meu coração falece de alegria.

Minha garganta arde das melodias que entoava
E os pés latejantes do trajeto que percorri.

Estribilhos da vida? Não.
A vida em sí.

Se não fossem por estas dores tão prazerosas,
a vida seria somente uma levada de acordes básicos e soníferos.

Dores que eu não me arrependo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

porra nenhuma

Uma sala.
Uma porta.
um corredor.
uma escada.
um portão.
uma rua.

meu caminho.

Se você não entendeu porra nenhuma,
a culpa é sua.

Não mais Sofia.

Jovem Sofia.
Jovem, mas.. nem por isso cândida.

Conto-lhes agora
a história
que nem é de muitos estranha.

Por quais caminhos as indecisões de uma adolescente pode a levar? Lembrando que o substantivo "adolescente" provem de adoecer.
Os caminhos são sempre fatídicos para os que são lugar comum e fazem as mesmas má escolhas usuais da idade. O ridículo nunca é o erro em si, mas a motivação.

O adoecer de adolescente deve ser da falta de objetivo e nexo.

Mas voltemos a minha promessa inicial, uma história.

Sofia, garota jovem, 13 anos, flor da mocidade.
Uma idade de causar inveja a muitos. Não a ela.
Jovem garota bela! Ignorante, talvez, porém bela.

Sofia queria aparentar ser mais velha.
Não queria, ela, ter a idade dela!
Queria prazeres, outros, de uma vida, outra, senão aquela.
"Pobre da alma humana com oásis só no deserto do lado."

Sofia... bem... sofia...


Foi isso, Sofia começou a fumar!
É, hábito este de gente "séria"...
Agora era bem quista em todas festas - regorjizava.

E Dance, ao som da alegria!
E Beba, se entregue à orgia!
Tudo pela incerteza de um outro dia.
Tentando fazer de uma noite uma vida!

E conseguiu.

O caminho foi lento, todo dia fumava mais.
Começou a entrar em depressão... o que poucos sabem, ou prestam a devida atenção, é que a alegria é também um efeito químico biológico com relação direta a liberação de hormônios. É tão pouco poético isso... Fazer oque?

Quando fumava, ficava indisposta para atividades físicas...
Atividades físicas que liberavam hormônios.
Hormônios que traziam a alegria!
A depressão a fazia fumar ainda mais.
Fumar a indispunha para as atividades físicas...

Agora,

Cada dia ela conta o tempo que lhe resta.
Não mais frequenta festas,
Só contabiliza o tempo que lhe resta.

Jovem Sofia,
Burra Sofia.
Estava duas vezes mais velha a cada dia.
Conseguiu ela o que queria?

Agora morra, não mais jovem Sofia.
Não mais Sofia.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Do meu sofá

Eu, fui poupado de golpes!
Recebi misericórdia e mais.
O que nunca pedi.

Eu! Que raramente fui egoísta,
Tive a verdade sob a minha vista
mas nunca a percebi.

Eu, jamais castiguei.
Jamais ensinei.
Mas sempre aguardei pelo meu aprendizado.

Sou fraco, pois fui poupado dos golpes.
Me cerquei de pessoas afetuosas das quais recebi misericórdia
e muito mais, que nunca tive sequer que pedir!

Ainda assim,

Busco o meu sofá confortável
aonde me mantenho inalcançavel,
assisto o lado agradável
do meu universo pequeno.

E você?

A lógica dos elefantes

Elefantes moribundos, pressentem a morte. Eles a reconhecem, assim como nós, humanos. Quando muito velhos ou doentes, se desprendem da manada, e se direcionam para um cemitério. Lá, aonde não são um empecilho para os outros elefantes (familiares e amigos), morrem sozinhos. Os cemitérios de elefantes, lugar triste e devastador.

Muitos vêem nisso um ato altruísta. Dizem os elefantes como sábios. Porque eles conseguiriam colocar o coletivo a frente da sua existência.

Eles entendem a morte. Será que entendem o amor?
Com que amor eles deixam para trás a vida, privam aos outros e a sí mesmos dos seus últimos momentos?

A lógica dos elefantes é a lógica dos que não dão valor a própria vida. Que não entendem que a sua vida não se restringe em si mesmos,que não vêem realmente os outros.

É a lógica dos dopados, derrotados,, que fogem a luta por terem medo da dor. Eles não entendem muito de dor.

A dor é necessária, o amor é indescritível porém inegável, a vida é um banquete. Os elefantes largam o banquete sem estarem satisfeitos, deixam restos. Não percebem o valor deles mesmos, não realmente entendem aqueles outros que vieram ao mundo com nada mais que um marmitex.

O banquete dos animais é uma partilha. O animal isolado guarda o seu banquete. O que não seria necessariamente idiotice, mas é já que um jantar a luz de velas em solitária não tem gosto. Eles apagam as velas e vão se recolher para o nunca mais.

Corajoso? Existe uma ténue linha separando a coragem da estupidez.


Os homens são diferentes.
Eles podem entender a dor, guerrear a vida com prazer em seu corpo sangrar. Eles conseguem perceber no sofrimento um caminho para o crescimento. Seus dentes doem quando crescem, seu corpo arde com uma ressaca e a morte nos causa a pior dor, a angústia.

E isso tudo é louvável! Isso tudo nos torna mais humanos. O humano que vê a morte, observa o quão bom é viver. Talvez porque desconheçam o post-mortis, mas em vida isso não interessa. Absolutamente. Nem para os malditos elefantes isso interessa!

O humano, enquanto humano, tem como objetivo a sua humanidade. O objetivo de sua vida é único e somente viver, de resto é consequencia. E que o depois venha o mais tardar possível...
Quem não entende isso nunca esteve próximo o suficiente de sua existência.

Apesar disso, o humano pode fazer como o elefante. Jamais ira conseguir dar o sentido que um elefante da ao ato de se enterrar em vida, pois conhece algo diferente. Ele conhece a vida pela visão antropológica. E toda a razão universal é uma farsa, o homem é sozinho no grupo. Fora do grupo não é.

A lógica dos elefantes não se aplica aos homens.
Os elefantes só são sábios dentre os elefantes.

A distância entre os humanos que se amam, só ajuda a idealizar mais. A morte de um ideal é mais forte que a morte do real, não há nenhum altruísmo no isolamento.

O homem deve tomar a parcela de sofrimento que lhe diz respeito, nem menos nem mais. Sem martírio. Resignadamente, leve o seu soco e, se quiser, soque de volta. Mas não empurre seu corpo na direção do golpe para senti mais dor. Não há lição no masoquismo.

Fuja ao cemitério dos elefantes!
Viva até o ultimo momento que lhe é permitido pelo acaso. E NUNCA idolatre um "elefante". Eles são super valorizados.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Poesia.

Isto é uma poesia, e eu o aviso de ante mão.

"Oque é poesia?" Não sei.
E se você pensa que tambem não sabe, ainda melhor.
Mas, se você quiser me negar o imenso prazer de chamar de poesia o que eu bem entender, veja primeiro a sí próprio e o valor da sua índole.

Olhe, mas olhe muito bem, qual é a autoridade que tem.
Repare que você me rouba o meu único e mais precioso bem.

Rouba de min o eu mesmo. Não o eu que estou, e sim o eu que sou, o eu lírico. E que falta este me faz... é consideravelmente enorme.

Eu que escrevo, e isto é poesia.
E eu sou poeta.
Ai de quem discordar! Discordar comigo
é discordar para todo o infinito.
Eu sou infinito, o meu.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Alvorada em ipanema

Não deve haver melhor cura para a depressão
do que a apreensão
nas águas que cobrem este chão.

Este, no qual me sento, enquanto
por pouco me aguento, e porém seu vento
só acaricia meu encanto.

É aqui, neste canto, que novamente me desengano
Agora vejo que só podia estar louco
para matar por tal pouco.

Eu fui na esquina comprar cigarros.

Existe algo errado!
Como o gosto que seca a minha boca em amargura,
o seu beijo somente evidencia a nossa ruptura.
Eu vou na esquina comprar cigarros.

E o barulho do fogão me soa estranho:
É como um grito que silencia, me censura;
É como uma luz queimada, que não só não funciona como também obscura.
E eu vou na esquina comprar mais cigarros.

Não é que eu não tome providências,
é que evito tais interferências
no curso natural das coisas.

Mas tendo em vista o desfecho,
e eu faço isso pois lhe tenho apreço:
Eu vou na esquina comprar cigarros, e NÃO VOLTO.

O encontro

- Opa, rapaiizzz! Como é que vai aquela força?!
- Ih, olha só quem é! Como é que vai você?
- Ora, primeiro responda a min! Como vai a sua vida?
- Minha vida vai muito bem. Mas vejo que você não mudou nada, né?
- Como assim?! Neste longo prazo, mudou tudo! Vida nova!
- Sei, sei.... Mas você ainda é muito parecido com aquele que eu conhecia.
- Mas, porque?
- Ah, voce sabe...
- Eu sei?
- Acho que sim.
- Eu não.
- Quer que eu me explique?...
- Faço questão.
- Pois bem, para começar a sua segunda fala.
- Ahn, oque tem ela?
- É, certo, voce me ordenou, de certa forma, que eu desse mais importancia a questão que me colocou do que a que eu retruquei, não se sujeitando a dar antes de receber uma resposta minha.
- Arr! Mas vejo que você não mudou nada!
- É, voce parece pressupor isso.
- Tenho certeza! Você jogou a sua análise critica precipitada logo que teve a oportunidade para isso! Com o mesmo ar superior e hipócrita que fazia antes.
- Éééé.. aí vem você, seu egoísta egocêntrico maldito com suas acusações abusadas e exageradas. Guarde bem o tom da sua vez, entedeu?!?!
- Eu entendo. Entendo extamente o porque de termos tanto tempo desde a nossa ultima conversa. Você não mudou PIKAS!
- Ótimo, melhor mantermos a distancia antiga então. Passar bem, bem longe.
- Até nunca mais.


O desencontro.

domingo, 2 de maio de 2010

A Foto Resume Fatos

Todos em sua poses,
Em seus trejeitos,
Em seus lugares.

Todos preparados para o flash.

1 minuto (menos ou mais) de preparação,
MESES de recordações,
Um acontecimento interdependente de
Tempo e Espaço em tal conjuntura
que nunca irá se repetir novamente.

TUDO ISSO em 1 flash,
em 1 Xiiis ou
Olha o passarinho!.
Em uma foto

É, a foto resume fatos.

O esquecimento

Eu encaro o meu abismo...
As profundezas abissais
Meu esquecimento
Minha morte em vida.

Eu lembro, ou pelo menos tento,
de você...
Não só o que mais me impressionou,
mas tambem o que restou.

Bom,
Ainda ouço o som
De você cantando harmoniosamente fora de tom...
e isto me conforta.

Oque mais me importa?
Enquanto encaro uma porta,
escancarada,
para o meu futuro, nada,
ira sobrar daquilo tudo que eu vivi.

Se eu partir não irei mais poder voltar...
Pode me acompanhar
Em mais uma dança com facas ao ritmo da vida?

Morrer é diferente de estar morto.
Morrer é perder vida,
E eu encaro o meu abismo...
É HORRIÍVEL!
Faz tanto frio aqui,
sozinho...

Odeio estar aqui aonde agora estou,
Mas sempre retorno.

E você, sabe como é?
Tentar lembrar, e não saber como?
Ouvir falar que você
é a história mais divertida viva
e não poder se divertir?

Estou, eu, mais sozinho do que eu já era,
pois até eu mesmo me abandonei.
Fique comigo hoje e sempre ou eu não sei
o que pode acontecer.

Eu
encaro o esquecimento,
e
morrer não me é mais estranho.

Padrão Engraçado / Padrão Culto

Eu como qualquer um
gosto de viver.
Aproveito
até o fim
quando hei de ser comido.

pela terra Aonde andei
haviam pessoas como eu.
Me ensinaram a viver Assim
vivi os meus primeiros amores intensamente
E assim farei pois é como eu sei que preferi
até o fim.


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Eu, como qualquer um, gosto de viver. Aproveito até o fim, quando hei de ser comido pela terra. Aonde andei haviam pessoas como eu. Me ensinaram a viver. Assim vivi os meus primeiros amores: intensamente. E assim farei, pois é como eu sei que preferi, até o fim.

Prelúdio Para O Preto

Do absurdo do absoluto
Às abissais da abstração,
À todas as variaveis de uma situação
do absurdo do absoluto.

Momentos.
Em 1, tudo se têm,
No outro, tudo se abstêm.
Momentos.

Entre 1 e Outro
Existe uma pausa instântanea,
A qual só sente em corpo.

É o prelúdio para o preto!
Pensamentos de um ateísta antes de morrer.
Não se trata mais de verdade, mentira, coragem ou medo!

Nesta hora inexiste, tarde ou cedo.
Coexistem passado, presente e futuro
em um prelúdio para o preto.

Aplausos, aplausos e mais malditos aplausos.

Aplausos, aplausos e aplausos!
Ora! bem, é isso que vocês querem?

Nãoooo?!...

Então, me desculpa
por esta interrupação.

Que incoveniente! rs.

Mantenham todos seus personagens,
e eu me manterei
En-Tre-Ti-Do.


Porém,
Entre uma fala outra,
Ele tira a sua roupa!
"querido... sem improvisos!"
riso, riso e risos...

Talvez, no sexto ato,
Não seja atuação.
E sim assassinato.
Morreram personagem e ator.

Desçam as cortinas
e não poupem os malditos
APLAUSOS!, APLAUSOS! E APLAUSOS!!!

Ó, Respeitavel Público!
(Talvez, não tão respeitavel assim!)
Cerramos as cortinas
Mas o teatro nunca tem fim! ( seus farsários! )

Chamem de bis,
Chamen de prorrogação!,
Mas aplaudam, aplaudam e aplaudam.

Meu Ego Agradece.

Respire

Do inferno noso de cada dia,
Sobrevivemos com maestria.
Por momentos solo de alegria
Em uma troppo melancólica sinfonia.

Apesar dos pesares,
Acordar e inalar os mesmos ares,
Esteja perto de quem amares
em sonhos, e quando acordar:

Preencha o seu corpo de ar.
Se lembre, ao respirar,
Que há memórias que habitam la (ainda vivas!).

Trague as desfeitas de sua vida e ao exalar
Observer acima de você nuvens se formar
Do mesmo ar, do mesmor ar.

Uma hora

Quanto tempo
Há em uma hora?
Porque esta demora,
Mais que o normal.

O tempo se escorre,
Me cubrindo de suor.
Ele não tem dó
Nem fá , nem ré, nem sí bemol.

Doutorando em Ironia

- Bom dia fessor!
- hmmmm (sono e espanto)... boa...?!
- Ah, não, eh... bem, desculpa te acordar assim.
- A quanto tempo extamente você esteve aqui do meu lado?
- Desde que os dedos começaram a digitar o texto. :D
- Como assim...?!
- Ah!, deixa, se não iria 'tender mesmo. Fessor!, tem um lance que me falaram e eu meio que tava querendo um help teu.
- Oque foi?
- Nah... é só que me disseram que tu é dotourando em ironia.
- Sim...?
- Bem, eu queria saber se poderia me ajudar a tender essa parada aê.
- Tá, começo agora?
- Sim! Então você vai me ajudar?
- Claro que não, eu te odeio.
- Mas como assim fessor?!
- Eu te odeio. Odeio você, sua irmã, sua namorada, seus pais, seu cheiro, e tudo relativo a sua existência!
- Sério?!...
- MUuuuuITO Sério.
- Mas porque tanto ódio? D:
- É ironia.
- AAAAA...
- Você entendeu o que é ironia?
- Não.
- Então foda-se, você é um completo idiota e não vale a pena.
- Isso é "ironia" tambem fessor ?
- Não, isso é sinceridade.

Sorriso de cigarro para o vazio.

Agora que tenho um sorriso bom, (pois retirei meu aparelho orto-dentario)
Não sorrio tanto quanto antes,
Meus dentes estão cada vez mais amarelos
e,
Talvez em pouco tempo ou,
Talvez imediatamente...
não tenho mais para quem sorrir.

Penas, Pernas e Cortes no braço.

Almas Penadas...
Sem penas, são nada.

Pois não há almas no meio aonde habitas.
Palavras não ditas
São tão bonitas, mas
Não são palavras.

Eu afirmo que
Almas penadas
Existem,
Apenas,
Para quem sente pena
Por elas.

Lugar Comun

VOCÊ!

Seus olhos, Familiares.
Seus seios... Familiares.
Seus braços (Familiares)!
Seus: Lábios; Desejos; Encantos; Prazeres;
----- Pés ; Passos ; Caminhos;Vestígios;
----- Dedos ; Toques ; Carinhos;
..... Cabelos;Pensamentos.
............... Suas:
---------Caras; Bocas ; Olhares;
Atuações;Cenas; Falas ; Idéias ; Fantasias;


TUDO

eu ja vi,do francês Dejavu.

Você é um lugar comun.

E-Man-Ci-Pa-Ção

Pais,

Saio desta casa Porque busco mais.
Carrego minhas coisas e Encerro esta relação,
Esta é uma carta de Emancipação.

Prezados (nem tanto..) pais,

Agradeço pelo conforto
(Embora me preferissem um aborto,
Do que este sujeito torto
que ME tornei.)

Irrefutavelemente, demando separação.

Esta é uma carta de EMANCIPAÇÃO.

Por muitos anos, me deixei preso a esta instituição. Mas somente agora eu fiz uma analise prolífica de minha situação. Eu atesto por esta que não houve qualquer problema de criação, porém eu me resguardo o direito de, sendo maior, obter minha E-MAN-CI-PA-ÇÃO.


_______________________________Ó, Pais!
____________________Por favor, não finjam choro por min!
__________________Lembremos que isto é (Hallelujah!) o fim.
__________Vamos rezar para que não nos vejamos nunca mais:
_____________________________Emancipação.