terça-feira, 29 de junho de 2010

(sem título)

Na órbita dos seus olhos
eu juro pelo meu óbito,
lhe acompanhar.

Perdido no seu mar de castanho,
o futuro é tão óbvio!,
deixo me carregar.

Se há outros navios, atole-os,
Na sua tempestade. Aqui nado só.
Mesmo sem saber muito bem nadar...

Em outros olhos somos estranhos!
E eu curo meu ódio, só
para nos guardar.

Quando chora, tormenta meu sono
me afoga,
e eu acordo em alta madrugada, em alto mar, com uma dor no peito.

Nestas noites, seu telefone toca.
E você olha,
E limpa os olhos,
e desliga.

Eu sei, eu sei.

Me acostumei à nadar sobre estas águas profundas,
e escuras, aonde eu devo Aceitar.
Porque levantar questões me afundaria.

Um simples abraço em silêncio já basta.
Algo mais, desgasta
o descanso do seu pranto no recanto que nosso corpo nos proporciona.

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